Essa á uma realidade para quem trabalha no serviço braçal, digo operacional, repetitivo, vendas e atendimento ao cliente. E a minha queixa é por que muitas dessas pessoas (que não merecem ser chamados de "profissionais") não se empenham em realizar um trabalho de forma responsável, eficiente e com vistas para o próprio desenvolvimento e melhoria salarial? Por que é que essas pessoas não fazem por merecer o reconhecimento de seu empregador?
A resposta é porque somos um povo que nasceu para viver na superficialidade e na banalidade. Estamos mais preocupados com a próxima balada do que com o desemprego. Temos tanta preguiça de pensar, que na época da eleição votamos na "experiência" do mesmo candidato de sempre para não ter que ler os projetos dos demais...
E assim caminha o progresso no Brasil: uma parte empreende para crescer e prosperar enquanto depende da outra parte que opera mal e porcamente os serviços elementares da empresa. E nesse ritmo vemos uma execução displicente de tarefas simples, vemos nossas chances de prosperar estancar nas mãos dos operadores e vemos a rotatividade de trabalhadores encarecer nossas folhas de pagamento e inviabilizar o investimento em desenvolvimento profissional continuado.
E a pergunta que não quer calar é: quando é que vamos evoluir culturalmente para compreender que ninguém nasce sabendo, que a oportunidade de prosperar é igual para todos e que o interesse de que isso aconteça deve partir de cada um de nós?
Só assim seremos capazes de mudar uma cultura incrustada na mente das pessoas de que tudo o que há de ruim é culpa do governo. O governo brasileiro como um todo é realmente de péssima qualidade (e olha que somos nós mesmos quem os escolhemos!), mas no meio de tudo isso há as pessoas que se tornam bem sucedidas, trabalham com vigor e que não dependem do estado para nada e as pessoas que não saem de onde estão, fazendo o seu servicinho sempre de muito mal gosto enquanto esperam que o governo faça alguma coisa por elas.
E com isso temos empresas eternamente reféns de mão da obra ruim e irresponsável que não cresce e também não permite crescer seus empregados. Sem falar que as empresas ainda sofrem para sobreviver à ultrapassada e unilateral CLT (leia o texto nesse link). Assim temos um cenário de desânimo onde todos têm uma justificativa para seu fracasso pessoal, profissional e empresarial.
Porque se todos tivessem responsabilidade e interesse em entrar para fazer bem feito, todos ganhariam com isso: o empregador, dono do capital para empreender; e o empregado, mão de obra indispensável para o desenvolvimento do empregador e de si mesmo.
Isso lhe parece muito complexo? Não, é simples. Mas nossa cultura não nos permite ver e compreender o óbvio...
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ESCRAVIDÃO do não querer ser mais e melhor! Sempre vi isso nos colaboradores que entrevistava... ACOMODAÇÃO. Continua fazendo tudo sempre igual sem nenhuma CRIATIVIDADE e, ainda esperam boas remunerações e benefícios das empresas! COMO? Não há mágica. Há trabalho de EMPREENDEDOR consigo mesmo. Marketing Pessoal. Compromisso. Parceria. Cumplicidade. Sucesso garantido.
ResponderExcluir[ ] Célia.