Nesse aspecto é que o ser humano, chamado de racional, diferencia-se dos bichos irracionais: nós não estamos no mundo apenas para sobreviver e gerar descendentes. Nós buscamos mais coisas todo dia para nosso prazer, nosso deleite, desfrute e segurança. E em função disso é que nossa busca por saber e por poder (no sentido de ter capacidade) é constante, pois através do saber ou da capacidade de poder fazer mais e melhor que os outros é que teremos ferramentas para lutar em possuir e deter algo para nossa satisfação pessoal e segurança.
E é bem aqui que comecei a debater comigo mesmo sobre como montar uma ferramenta de medição chamada Sucessômetro, onde seríamos capazes de mensurar nosso próprio sucesso, se somos felizes de fato conquistando aquilo que almejamos a cada dia para assim saber se estamos vivendo verdadeiramente como seres racionais ou meramente sobreviventes nesse mundo de lutas. Através do Sucessômetro poderemos traçar novas metas e um plano de ação para conquistar nossos objetivos.
Além de poder contribuir para uma autoanálise, o Sucessômetro seria uma ferramenta excelente para uso dos profissionais de recrutamento e seleção.
É nesse sentido que o Sucessômetro mostra sua importância: seria capaz de estabelecer um critério que defina se o sucesso individual está mais concentrado em conquistas e benefícios pessoais ou profissionais, podendo impactar de alguma forma em seu desenvolvimento no trabalho.
Benefícios para o empregador
De posse de um Sucessômetro o empregador poderia medir se um candidato ao emprego será um sujeito ativo ou passivo na organização. Uma vez que sua percepção de sucesso seja predominantemente no aspecto pessoal, resta saber quais de suas expectativas já foram alcançadas, pois se o candidato mostrar que já possui uma vida relativamente agradável, ele certamente será um sujeito passivo na empresa, ou seja, não espere dele muito comprometimento, pois sua meta mais ousada é a chegada do sábado para não fazer nada. Ele não ambiciona crescimento na carreira tanto quanto um aumentozinho no salário, a fim de comprar umas cervejas a mais para beber enquanto não faz nada.
Note que a percepção do sucesso individual pode estar intimamente ligada ao bom ou mal desempenho de alguém no seu trabalho, bem como sua motivação em fazer mais e melhor por ele, e indiretamente contribuindo pela empresa.
Mas se o Sucessômetro apontar que o sujeito mede seu sucesso através de seu desempenho profissional, daí a análise do Recursos Humanos precisa ser outra. Vamos cogitar duas hipótese:
Medir o sucesso demanda o uso de estratégias de análise comportamental, cultural, social e até etária, pois é um índice praticamente intangível que mistura-se com a alegria ou tristeza momentânea e modifica-se em diferentes etapas da vida. Você pode sair do céu para o inferno após um acontecimento qualquer e considerar-se uma pessoa fracassada, sem olhar toda sua história de vida e de conquistas.
Para alguns, o sucesso no amor supera qualquer outro fracasso. Para outros, conquistar uma mulher por noite supera qualquer sucesso na profissão. Para uns, apresentar-se com um carro tunado no grupo de amigos supera o fiasco de viver em baixo da ponte. Para outros, basta ver os filhos prosperando na vida para considerar-se uma pessoa de sucesso. E por aí segue a lista de possibilidades... cada qual com sua expectativa.
Para mim, ter sucesso envolve ser feliz e também conquistar uma vida segura e confortável, cada dia traçando e conquistando um novo sonho. Acredito que é preciso ser feliz na vida pessoal e profissional, onde o trabalho tem a missão de promover uma vida cada dia melhor. O importante é que haja um equilíbrio entre a busca de sucesso pessoal e profissional, e nenhum deles supere de forma tão intensa ao outro.
Então vamos seguindo atentos a esse fato, fazendo bom uso de nosso feeling e experiência de mercado (enquanto não tivermos em mão o fenomenal Sucessômetro) tentando identificar e projetar o sucesso das pessoas a fim de tomar boas decisões no momento das contratações ou promoções.
Bacana o texto! Parabéns!
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