segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não subestime a capacidade de um rato

Esse fim de semana aconteceu algo lá em casa que me deixou mais perplexo do que fico quando assisto à propaganda eleitoral da candidata Dilma.

Imaginem vocês que no sábado a noite, quando fui ao fundo do quintal para fazer alguma coisa, vi que um rato de uns 20 centímetros atravessou correndo entre uma grande moita de pé de caju em crescimento até umas ferramentas encostadas na parede. Voltei para dentro e peguei uma lanterna para tentar localizar o bicho, e eis que fez novamente o mesmo trajeto, ou seja, já havia voltado ao pé de caju e correu novamente para trás das ferramentas quando cheguei.

Tentei iluminar o local para encontrá-lo, mas não o vi mais. Assim, como não era a primeira vez que eu deparava-me com aquele espécime por ali, eu tinha guardado o produto certo para exterminá-lo: um veneno chamado "Ri-do-rato", com esse nome sarcástico e tudo.

Trata-se de um saquinho de papel poroso com o veneno dentro, o qual espera-se que o próprio animal encarregue-se de abri-lo para comer o conteúdo e dar fim à própria vida. Deixei o produto no quintal, em área coberta, na esperança de que resolvesse o problema.

No domingo de manhã, logo que acordei fui ao quintal olhar e qual não foi minha surpresa: o saquinho havia desaparecido!! Sim, e havia apenas um vestígio de que fora aberto, com um pequenino pedaço de sua embalagem rasgada no chão. Eu e minha esposa procuramos por toda a redondeza da casa e não encontramos mais nada, nem o rato morto e nem o "Ri-do-rato". Concluímos que a embalagem também seria comestível...

Agora pasmem os senhores: hoje cedo, segunda-feira, fui ao fundo de casa tirar do varal algumas coisas antes de ir para o trabalho, e não é que o saquinho de veneno estava exatamente no mesmo lugar onde deixei no sábado a noite, com o conteúdo parcialmente consumido e com a abertura equivalente ao pedacinho de papel que encontrei no domingo!!

Olha, se eu não tivesse procurado o produto no domingo junto a minha esposa, diria que estou ficando louco... mas o fato esquisitíssimo foi esse mesmo. O saquinho reapareceu somente nessa segunda-feira, do jeitinho que deveria ter aparecido no domingo: aberto e com o veneno comido pelo rato!

Alguém pode me explicar tal façanha? Quem foi que levou o saquinho (sabe-se lá para onde) no domingo e o trouxe de volta na segunda?

E eu que pensei que já tinha visto de tudo nessa vida...

10 comentários:

  1. Rsrsrsr, como dizia naquela novela, Mis-téeeeee rio!!!!! Agora fiquei curiosa, qualquer coisa mande notícias. Bjão

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  2. Essa foi muito boa, Adriano. Mas é isso mesmo que ocorre com animais nocivos à saúde humana, que geralmente são os de pequeno porte (nem tanto no seu caso) e que vivem em "comunidades" escondidas. rsrsrs
    Aprendi na faculdade que o rato é um animal muito frágil. Por exemplo, se você tiver um deles em suas mãos, basta um puxão certeiro no rabo e na cabeça, com forças opostas, que ele morre imediatamente sem esforço nenhum para o "carrasco". E é aí que entra a mãe natureza. Por serem frágeis, são de uma agilidade incrível e o difícil é pegá-los. É consenso também que estes tipos de animais raramente morrem no meio do caminho de suas tocas, geralmente eles correm para morrer em casa. Olhando deste ângulo, já estou com peninha do ratinho do seu quintal. rsrsrs
    Continua...

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  3. O ponto agora é saber se realmente o animal faleceu, pereceu, pobrezinho... Isso é difícil de saber, principalmente quando se mora em casa. Também aprendi uma outra coisa com meu velho professor de zoologia na faculdade (isso foi em 1980, eu me formei em 1982!), nada melhor que a boa e velha ratoeira. Além de certeira, você fica sabendo do genocídio na manhã seguinte, no caso de uma família de Mickeys mais numerosa.
    Continua...

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  4. Ahh... Sobre o mistério do saquinho, foi o que eu disse, eles levam todo o “alimento” encontrado para dividir com seus amigos de toca. Assim, minha hipótese é a de que eles se alimentaram, e o Sr. Ratão, encarregado da logística reversa, levou a embalagem para descarte no mesmo lugar onde encontrara, até para ver se haveria outra com mais “alimento” que pudesse ser levada para a toca. Como ele não achou, e o veneno deve ter começado a fezer efeito e ele voltou para morrer na toca.
    E foram todos felizes para sempre...
    Abração

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  5. PS: Esse mesmo princípio se aplica a vários animais que chamamos de pragas urbanas, as formigas cortadeiras (aquelas que acabam com os jardins), cupins etc. Hoje, os venenos são todos preparados de forma que eles não comam nada sozinhos, mas que consigam levar um parte para disseminar no formigueiro, ou seu equivalente, com a finalidade de matar a "rainha", seja ela formiga, cupim, marimbondo, abelha (aí é zangão, né?!)... Enfim, esse negócio de baixar um Hitler de frente assim não me agrada muito, não, mas aqui em casa acabei em 2 dias com vários formigueiros de cortadeiras que tinham acabado em uma semana com os jardins da minha casa e da vizinha também.
    Abraços

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  6. KKKKKK... Eliane, se essa teoria estiver correta, parece-me que o rato trouxe de volta o saquinho sob forma de protesto por ter causado mal a algum membro de sua prole, pois havia nele ainda um pouco de comida envenenada. Porém não acho difícil que você esteja certa. Afinal, não há outra possibilidade cabível para esse estranho acontecimento.

    Aliás, por falar em estranho, eu tenho sim uma ratoeira que já vitimou um roedor a alguns meses atrás. Mas adivinhe: a ratoeira SUMIU!! Não há quem localize a mardita em lugar algum lá de casa!!

    Essa ratarada está aprontando alguma coisa comigo...

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  7. Que meeeeeeeeeeeeeeeedo!
    Estes ratos dos Tocatins devem ser da geração Y.
    Bjs.

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  8. Ah, ele deve ter devolvido porque não gostou do sabor. Você tem que ter várias opções pro rato (ão), aí o negócio se resolve.

    Que danado, heim?

    Espero mesmo que ele não te visite mais.
    Beijo, Adriano.

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