sábado, 1 de dezembro de 2012

Insubordinação sob o ponto de vista do liderado

Existe uma palavra forte no mundo corporativo chamada insubordinação, que na essência trata de um colaborador que não respeita seu líder imediato.

Mas há um lado pouco analisado sobre essa questão que é o ponto de vista do colaborador, ou do subordinado, tantas vezes chamado de insubordinado. É por ele que quero discutir aqui uma questão, e tenho por objetivo justificá-lo de tantas vezes ser chamado por esse adjetivo quando na verdade pode ser a vítima de um problema de ingerência do seu líder.

A verdade é que muitos líderes não aceitam ser questionados ou sequer aceitam as justificativas de seu empregado quando o mesmo recebe uma dura crítica ou cobrança sobre determinada atividade. Esse é um sintoma de liderança ineficaz, onde o líder julga-se a cima da regra e coloca-se na qualidade de CHEFE para fazer valer suas diretrizes, opiniões e expectativas.

Quando um líder deixa de lado a discussão do problema operacional e impõe sua autoridade partindo para a gritaria com o colaborador para reclamar de algo que não está como deveria estar, a resposta da "vítima" pode ser de duas maneiras:

1 - ela vai se defender tímida e humildemente para justificar o que aconteceu;
2 - ela vai se defender com convicção e tom de voz firme, por julgar-se desrespeitada como profissional e ser-humano.

Para os dois exemplares a saída dessa discussão será traumática, desmotivadora e causadora de conflitos, pois o colaborador perderá o interesse pela empresa, terá seu comprometimento reduzido a zero e irá fazer duras críticas ao líder pelos corredores da empresa prejudicando o clima organizacional.

Estando certo ou errado em suas críticas, o fato é que o líder tratará o segundo como um insubordinado, e logo usará a ferramenta mais rudimentar para lidar com esse cidadão: demissão ou transferência para outro departamento.

Mas se por outro lado o líder souber o significado da palavra "respeito", o mesmo tratará do problema de forma madura e organizada, chamando o subordinado para apresentar-lhe o problema e perguntando-lhe por que não houve ainda uma solução para o mesmo. Após a justificativa, cabe ou não a crítica e reclamação sobre a falha grave cometida, e daí sim caberia estudar se é caso ou não de demissão ou transferência de departamento. Não por motivo de insubordinação, mas de incompetência.

É nesses momentos que você identifica onde está ocorrendo de fato um ato de insubordinação e onde está havendo ingerência. Insubordinação é o desrespeito ao seu líder, é o não cumprimento de normas ou metas por mera desfeita, é o desacato injustificado (para quem sabe o que é respeito, não existe o desacato...), é colocar um líder em constrangimento perante o grupo de liderados. Ingerência é não saber conduzir um processo de trabalho, não saber acompanhar as atividades e cobrar os resultados, não saber avaliar o nível de comprometimento dos colaboradores e não saber mensurar o volume de trabalhos distintos que cada funcionário é capaz de executar no tempo estabelecido, dentre outras demências.

Assim, caros amigos, para aqueles líderes que se ofendem facilmente quando um colaborador rebate uma bronca, muito cuidado: para toda ação há uma reação. Saiba cobrar, acompanhar e atribuir responsabilidades com maturidade e equilíbrio antes que suas credenciais sejam ofuscadas por seus chiliques.

E para aqueles colaboradores que não aceitam críticas sob pretexto nenhum e para tudo têm uma justificativa, também recomendo cuidado: sua capacidade operacional pode estar comprometida e já está sendo ofuscada pelo seu orgulho. Deixe para orgulhar-se de si mesmo quando estiver em uma função de comando e preocupe-se apenas em executar um excelente trabalho. Enquanto isso use de mansidão nos argumentos e respeite seu líder. Por mais incompetente que ele possa parecer, ainda é o líder, e a melhor maneira de administrar um chefe turrão é através do seu silêncio...

2 comentários:

  1. Ei, menino...tudo em ordem? Hoje pela manhã, fui abastecer o carro e aproveitei para tomar um café com a filhota na lojinha de conveniência do posto. Um rapaz, estava sentado noutra mesa, trabalhando, não sei ao certo a função dele, mas era terceiro. Ele havia dado uma recomendação sobre o acondicionamento dos gelos e o pessoal não fez o solicitado, menino, baixou a pomba gira nele...kkkkkkkkkk...de início, fiquei nervosa. Pois ele brigou com pelo menos uns três funcionários, em alto e bom som. Depois, o levaram para uma salinha (devem ter baixado o cacete nele) kkkkkkkkkkk...fiquei tão aperreada que não compreendi a questão. Depois, a filhota me explicou. Os gelos, estavam com embalagens do próprio posto, sem selos que indicam a procedência (se era água filtrada ou não), junto com outros alimentos. A bronca dele, era essa...como ele não tinha nada a perder, já que a imagem ruim ficaria para o posto, ele soltou o verbo. Minha manhã foi agitada e fiquei até mais tranquila depois disso...kkkkkkkkkk...sou normal? Beijocas!

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    1. Misericórdia, seu dezembro começou puro agito, KKKKKKK... O carinha que surtou provavelmente é o fornecedor de gelo, e quando viu os funcionários do posto fazerem algo errado, soltou o verbo!! As pessoas estão muito inquietas ultimamente, precisam tomar menos cerveja e ler mais livros, ou escrever um blog para preencher a mente com algo bom ao invés de tanto álcool, rsrsrs. Mas fique tranquila, você é normal... rsrs... bjs!

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