sexta-feira, 18 de junho de 2010

Filho na creche ou na casa da vovó?

É meus amigos, a prole de cada um chega e a vida muda de rotina. Passei por essa experiência a quase 5 anos atrás com minha primeira filha, e ontem vi uma matéria no jornal sobre esse assunto. Como tomar essa decisão: deixar o filho novinho na creche ou na casa da vovó após a licença maternidade?

Para ajudar nessa decisão vou usar um pouco de tudo o que li durante nossos 9 meses de espera.

Primeiro é preciso ter em mente que a criança nova não precisa somente de cuidados sanitários e de alimentação. Está provado que seu desenvolvimento cerebral está diretamente associado com o quanto ela recebe de amor e segurança. E não é papo romântico não. A criança sai do ventre percebendo pouquíssimas emoções e sensações, dentre os cinco parcos sentidos ainda em desenvolvimento. Uma das coisas mais importantes para o bebê é sentir o cheiro, o contato físico e o calor humano, se possível da própria mãe.

A criança que cresce no berço, no carrinho ou no chiqueirinho tende a desenvolver-se mais lentamente que a criança que cresce no colo. E aceitem bem essa questão: COLO NÃO VICIA!! Não há limite de tempo para permanecer com seu bebê no colo, fique tranquilo.

Os primeiros meses de vida da criança são de intenso aprendizado. Ver cores, sentir o tato de coisas diferentes lhes faz um bem incrível. Tocar coisas frias, quentes, secas, molhadas, peludas, duras, macias, etc são um intenso exercício para o cérebro e para o desenvolvimento do bebê.

Mas a cima de tudo, dê-lhes segurança. O colo não corta o choro porque o pequeno é manhoso, mas porque lhe oferece segurança. A criança chorona muitas vezes está carente desse sentimento, nem sempre está com fome. A criança que recebe pouco dengo tende a ser mais birrenta e frágil que a criança que recebeu atenção e afago durante seus primeiros meses de vida.

Sem mais delongas quero concluir sobre a questão: creche ou a casa da vovó? Avalie bem os dois lugares, e não se sinta constrangido em negar a casa de sua mãe ou de sua sogra. Em muitas ocasiões a creche tem pessoas mais preparadas e prontas em atender as necessidades de seu filho do que a própria casa da vovó, sem o tempo necessário para dispor ao bebê.

Pequenas decisões suas vão influenciar em uma vida inteira de seu filho, desde a segurança em si mesmo, capacidade de aprendizado escolar e amadurecimento no tempo certo de cada etapa do seu crescimento.

Na minha casa tomamos a seguinte postura: minha esposa desligou-se do emprego, amamentou durante um ano e oito meses, lotou a filhinha de amor, carinho e atenção, e com dois aninhos colocamos nossa pequena na escolinha quando dona mamãe voltou ao mercado de trabalho. Foi bom para nós e para a criança, recomendo a quem puder.

Bom final de semana a todos!!

16 comentários:

  1. Que legal,Adriano!
    Vocês formam uma família abençoada e equilibrada!
    Eu ainda não sou mãe,mas sou filha de pais bem mais velhos.Não fui criada por vó,mas o chamego era o mesmo e,foi um momento muito difícil quando fui para escola aos 4 anos.
    Hoje é tudo mais moderno e as crianças são inseridas no ambiente escolar bem novinhas.
    Concordo com a sua opinião,que cabe a família decidir o melhor.
    Beijos!
    P.s:espertinho...sacou bem o segredinho...r.s.Shhhh!

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  2. Ai, é tanta coisa q a gente deve pensar! Ainda tenho um tempinho pela frente até lá. Até lá vou lendo e aprendendo :)))

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  3. Olá Adriano!!! Você me fez recordar alguns anos atrás. Comecei a estudar sobre filhos antes mesmo de pensar em ter a minha, na própria escola em que estudei pagávamos uma disciplina chamada peuricultura e tínhamos que cuidar de bebês. É um grande aprendizado conhecer e praticar. Hoje a minha está com 13 anos, uma fase que se eu não tivesse me preparado tb antes, hummmmm. É isso, ótimo fim de semana!!!Bjão

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  4. Oi, Adriano, jamais se desculpe por ser sensível, por amar sua família, por se sentir parte dela. Quem não consegue isso, que vá se tratar. Sinceramente. Cansei de pessoas que acham que são melhores por serem "pra frente", "modernas", "não quero filhos, o mundo está horrível! Oh!", "sou ateu com muito orgulho", "o filho é do mundo", "a mulher é hospedeira". Eu sou a favor da discriminalização do aborto como questão de saúde púbblica e justamente porque vejo no teu texto o segredo de ser bom pai e boa mãe.

    Meus pais me deram muito amor e muito carinho, para inveja de muita gente. Pena que minha mãe faleceu com quase 46 anos e eu tinha quase 9.

    Já pai e avó materna aproveitei muuuito. Sou muito feliz por isso. Não é papo romântico. Ainda que fosse, né?

    Bom fim de semana para todos! ;-)

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  5. Ops, errata: "descriminalização". ;-))

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  6. A propósito: quando não tem jeito, melhor colocar numa creche, mas ainda acho que se uma pessoa pode arcar com a responsabilidade de ter uma relação sexual (sendo ou não casada, namorada, etc), ela pode decidir sobre o que vai fazer com o resultado da mesma, sendo este um baby. O que não dá para aturar é gente frustrada porque casou e teve filho cedo ou aqueles que dão para geral cuidar. Acho horrível isso. Talvez eu seja dura demais no amor e nessa questão de filhos. Bom, é assim que sou.
    ;-)

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  7. Vivemos na sociedade dos filhos-netos, muito bem colocado.

    Gostou do presente imaginário que eu te dei pelo niver do blog?

    O dia foi de festa mesmo, muito agitado, Ragazza postou um estatuto lindo( alias, tem a cara do seu blog) Aurea lançou um desafio, Juliana abriu um champanhe e Carol Sakurá e PP escreveram a crônica do Amor. hehehe

    Um abraço!!! Obrigada e parabéns!

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  8. Você é sempre incrível, amigo!
    Amo suas reflexões e passar por aqui é sempre uma alegria...

    Um abraço!

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  9. Meninas, cheguei tarde para agradecer e comentar seus comentários, sempre muito presentes nesse blog.

    Algumas já tiveram a experiência do próprio filho, e para sorte dos pequeninos, tiveram mães exemplares, né Fátima e Rê!

    O fato é quem nem sempre temos a possibilidade de dar tudo o que o bebê demanda. Claro, cada um sabe onde a corda aperta, e nem todas as mães podem se desligar do emprego para se dedicar o quanto gostaria ao seu filhinho. Gisela sabe bem a importância da presença da mãe, teve o revés inesperado logo aos nove anos. Isso nos coloca a lembrar sempre de retribuir às nossas amadas mamães o quanto elas significam para nós... todos os dias de suas vidas.

    Mas às amigas Carol, Rafa, Mari e Taty que ainda não tiveram essa alegria, valeu a pena as opiniões de quem já teve, e mais uma dica da Gi: preparem-se para ter seus filhos na hora certa e planejada. Com certeza vai ser mais apaixonante cada minuto, da gravidez ao nascimento.

    Obrigado pela visita, e um beijo especial a todas vocês!

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  10. Oi, Adriano, mas a minha mãe valia esse agradecimento. ;-) O problema é que tem umas aí que usam a desculpa da maternidade para exagerar na frustração e o mundo que se vire de "ser esse analista". Não arrumaram o que fazer da vida (emprego é uma coisa, trabalho e uso intelectual da cuca é outra), de modo que os filhos crescem, voam, "vão para o mundo" e ela os imagina como eternos bebês. Isso eu vejo muito por aí. Por isso que hoje em dia não me sinto mal em ter deixado para mais tarde. Serei uma ótima mãe, com o perdão da falta de modéstia, minha gente!

    Abraços em todos!

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  11. Acredito muito na educação através do afeto. Meus filhotes estão com 22, 16 e 15 anos e são maravilhosos. Segui essa linha e acho que acertei. Quanto a ficar ou não com os avós, se tiver essa oportunidade acho bacana...os meus conviveram muito com os avós materno e paterno. Já eu não e confesso que acabo ficando sem identidade, as lembranças fazem falta. Beijocas e bom final de semana.

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  12. Adriano, só hj vi esse post seu, até pq ele é bem antigo. Em junho eu ainda estava engatinhando nesse mundo dos blogs. E essa já é uma prova de que sua barra lateral valeu muito à pena. Foi por causa dela que vi esse post.

    Sobre o post tenho a dizer que, infelizmente, não pude deixar o trabalho por 2 anos, para ficar com minha filha. Foram só mesmo os 4 meses da licença mais um de férias emendando, como se costuma fazer. Quando voltei a trabalhar minha pequenina ficou com minha mãe, recém aposentada. Com 1 aninho e meio ela foi pra escolinha, não creche. Eu levava e minha mãe buscava ao meio-dia. Voltavam as duas fagueiras pelas calçadas sabendo que mamãe tinha preparado gostosuras para o almoço. A melhor coisa que pude ter foi minha mãe com saúde pra me ajudar a cuidar da minha filha. E eu pretendo fazer o mesmo. Só que elas ficam um pouquinho mimadas, essa é a parte difícil depois. rsrsrsrs
    Mas nenhuma "profissional" vai olhar para nossos filhos com o olhar das avós. Elas sabem, pressentem, como a mãe, ou talvez até mais. :))
    abs

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  13. Eliane, você está repleta de razão. No seu caso a vovó foi de fato a melhor alternativa. Quando escrevi esse post, aproveitei o gancho da matéria sobre o assunto e também a dura realidade vivida por uma colega de trabalho, que por falta de alternativa deixava sua filhinha com a sogra. O fato é que a vovó era osso duro de roer, não respeitava os pedidos da mamãe e fazia exatamente o que achava que devia com a neta. Vovó a moda antiga, que ainda por cima não se relacionava bem com a nora. Problema constrangedor que pode ser encontrado também em outras famílias, onde a mamãe não tem como dizer NÃO e é obrigada a deixar seu bebê novinho com alguém que não confia, mesmo sendo avó da criança. Dá pra trabalhar tranquila? A amiga chorava no trabalho, e não tinha para onde correr, mesmo acreditando que na creche estaria mais tranquila do que nos cuidados da sogra-vovó.

    Obrigado pelo depoimento!

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  14. Após a licença maternidade,minha filha colocou minha neta na escolinha (berçário)era uma ótima escola,só que ela vivia doente,até o dia que foi parar na UTI do hospital.A médica proibiu de voltar à escola por no mínimo seis meses.Foi então que ela passou a ficar com a vovó,sempre segui a risca as orientações da minha filha jamais fiz ou dei alguma coisa sem o consentimento da mãe.Com a vovó ela tem carinho,afeto,educação e principalmente amor.Faz um ano e tres meses que está comigo,nunca mais ficou doente.Minha filha e meu genro sempre me elogiam, e estamos todos felizes.
    Nilda

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  15. Nilda, obrigado pela visita e pelo seu depoimento! A felicidade e a sorte de ter uma vovó com a senhora será percebida pela criança após seus primeiros anos de vida, onde a segurança e o amor incondicional recebido terá imensa influência por toda a vida dela.

    Que Deus abençoe sempre a você e a sua linda família!

    Grande abraço!
    Adriano

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