"Eu acho difícil generalizar. Conquistar ou não um emprego é uma questão de marketing: se você conseguir vender sua mão de obra oferecendo aquilo que o contratador procura, não importa a sua idade, será capaz de conquistar o emprego. Mas se alguém tiver mais a oferecer, ou souber vender-se melhor com seu conteúdo, experiências curriculares e competências, perfil pessoal, empatia com o recrutador e afinidade com o perfil da vaga, esse sim conquistará o emprego, também independente da idade.
O que os profissionais não podem esquecer-se é que centenas de novos empreendedores de tenra idade estão surgindo por aí, e sua escala de valores para contratar pessoas é diferente dos antigos empresários. Sua visão e percepção de negócio e colaborador é diferente. Com isso, os "quarentões" também precisam estar preparados para falar não somente a linguagem da experiência do passado, mas também a de necessidades do presente e a de possibilidades do futuro...
Eu sou contra essa ideia de que "quarentões" não conseguem emprego. Acredito sim é na capacidade de oferecer resultados, no dinamismo e numa série de atributos que cada função demanda dos profissionais. O fato é que muitos profissionais antigos batem sempre na mesma tecla: na sua experiência. O mercado atual não vê com bons olhos a experiência de quem passou 25 anos no mesmo emprego, na mesma empresa. Eu chamo isso, na maioria dos casos, de estagnação. E esses sim, daquela safra de profissionais que sempre lutaram por estabilidade, correm o sério risco de ficarem restritos a cargos concursados e burocráticos. Infelizmente, nem sempre o tempo de serviço significa mais experiência e capacidade de ter um diferencial competitivo. Falta-lhes parâmetros, diferentes pontos de vista e diferentes experiências para a formação de idéias mais generalistas ao invés de uma única ou de poucas culturas organizacionais.
Mas cada pessoa é única, e não há como afirmar o que é regra e o que é exceção, são apenas idéias de um conjunto de informações."
Espero ter contribuído para a discussão em questão.
P.S.: Telê Santana foi campeão do mundo pelo São Paulo aos 61 anos. E se não fosse por motivo de saúde poderia consagrar-se o maior treinador do futebol mundial com mais títulos nacionais e internacionais.
Essa idéia é tão equivocada aqui, praticamente 100% do quadro de funcionários com mão de obra especiazizada por aqui têm mais de quarenta anos. Na África do Sul, mulheres e homens mais velhos, acima do peso, trabalham de igual para igual com jovens que lidam com o público. É claro que estou me referindo a competência, ou seja, a idade se torna irrelevante. Acho isso muito bacana. Ah, meu professor de Francês é apaixonado pelo trabalho do Telê Santana. Beijocas!
ResponderExcluirÓtimo texto, mais uma vez Adriano.
ResponderExcluirConcordo com a frase "é uma questão de marketing", pois tanto o jovem quanto o mais experiente, ou os que ficaram anos, ou meses nos últimos empregos, o que vai definir se consegue desempenhar a função que está buscando colocação é a forma com que o profissional se coloca, o marketing mostrado na hora de mostrar o valor deste profissional.
Na verdade, Taia, acredito que há aqueles que não conseguem se reempregar e colocam a culpa na idade ou no próprio governo federal, como se alguém fosse o culpado pelo insucesso deles no momento em que precisam empregar-se rapidamente. Isso é típico do brasileiro, transferir a culpa de um problema pessoal a alguém, principalmente aos recrutadores "sem alma" e incompetentes, como costumam dizer.
ResponderExcluirVeja só Romeu, tem cara que passa por 10 processos seletivos sem ser escolhido e continua culpando os recrutadores por não "reconhecerem seu indiscutível talento"... É hora de calçar as sandálias da humildade, rever suas competências e buscar um novo enfoque para as próximas entrevistas.
Valeu amigos!