Primeiro, a violência no futebol não é uma exclusividade de um ou dois times. A torcida do Atlético-MG já mostrou sua intolerância ao torcedor adversário com a mesma força bruta que a do Coritiba nesse início de 2011. Mas nada comparado à violência já demonstrada aos atletas dos clubes como em episódeos recentes envolvendo Flamengo, Palmeiras, Santos, e agora o Corinthians.
A diferença está na rivalidade entre torcedores, que infelizmente termina em morte por motivo de provocação mútua, e no fanatismo de outros torcedores que os torna inconsequentes diante de um resultado negativo dentro de campo.
Mas existe aí uma parcela de culpa de ordem administrativa por parte dos clubes. É papel do departamento de marketing promover a paixão cega do torcedor para a vendas dos produtos licenciados, a fim de gerar renda e presença nos estádios.
Porém, o fenômeno visto no Corinthians desde o seu rebaixamento no Campeonato Brasileiro foi o de transformar o torcedor numa espécia de Senhor, para quem o elenco e o clube devem satisfação e submissão em troca de apoio irrestrito, o que tornou o que já era fanático num possuidor com direitos de julgar e punir.
Com isso o clube realizou investimentos de alto risco, incitou a rivalidade desmedida e a paixão irrestrita pelo time sem distinguir que o clube é uma instituição e o atleta uma ferramenta de trabalho. O mesmo jogador que atua hoje no seu clube do coração, amanhã pode estar jogando no seu maior rival. Essa é a profissão deles: jogar futebol para quem os contratar.
Mas o torcedor e senhor desse clube não quer saber de nada, e no ano do centenário, onde o despreparado presidente usou e abusou da prepotência nas palavras, o que se viu foi um clube instável, carregado de esperanças e certezas, mas que frustou seguidamente seu ansioso torcedor, que foi motivo de piada na escola e no trabalho. E a bronca foi sentida a pau e pedra por quem tinha a "obrigação" de vencer.
E agora? Agora é bom aprender com quem já errou para que não erre também:
1 - Lugar de torcedor é nas arquibancadas, apoiando ou xingando o time.
2 - Lugar de presidente é no escritório planejando e executando o seu trabalho.
3 - No meio esportivo não deve haver rival, e sim adversário.
4 - O adversário faz parte do jogo, não deve ser desrespeitado.
5 - Futebol se vence após o fim do jogo, e não por antecipação.
6 - Título não se promete, se conquista.
Na minha modesta opinião acredito que dirigentes devem ser calados e responsabilizados sempre que promoverem o fanatismo de suas torcidas, pois os resultados de quem não consegue balancear as atitudes baseadas na razão e na emoção geralmente são desastrosos. Que Andrés Sanches seja o primeiro, e sirva de exemplo para os outros.
E que o torcedor entenda de uma vez por todas que a vitória ou a derrota do clube do seu coração não muda em nada sua tosca vida!! Dentro das 4 linhas um dos dois pode vencer. Hoje perdeu, mas amanhã tem mais...
Olá Nano, parabéns peolo belo texto ,alias como sempre,quero dizer que concordo m genero,numero e grau, com tudo que você escreveu, também acho um absurdo isso, alias um bando de imbecis,acho que futebol e diversão, descontração, depois de um dia de trabalho ou de uma semana, os atletas trabalhadores, como todos, que entra em campo para fazer seus trabalhos,claro que nem sempre sai como o planejado,até porque do outro lado também tem atltetas querendo mostrar seus trabalhos e talentos,mas vejo isso também por outro lado, muito causado por diregentes que na sua maioria das vezes não tem condições de exercer o cargo que está em sua mão, e também por super valorizareen treinadores e jogadores, pagando sálarios totalmente fora da realidade, acho que passou da hora de autoridades falerem menos e tomarem decisões que inibam esse tipo de coisa, como você citou lugar d torcedor é na arquibancada torcendo,sofrendo e muitas vezes comemorando com seus clubes.
ResponderExcluirValeu e um grande abraço!
Concordo com você Adriano.
ResponderExcluirÉ um problema esse fanatismo das torcidas.
abraços
de luz e paz
Pois é, amigos. E se não bastasse, ainda temos que aguentar o ex-jogador e projeto de comentarista esportivo Neto batendo boca com Nazário pelo twitter... Estão a discutir alegando que jogam "por amor" e trocando farpas. Estamos cercados de profissionais decadentes por todos os lados. Torcedor vai se inspirar em quem?!
ResponderExcluirObrigado pela presença por aqui! Abraços!
E criou-se o mito de que com o Flamengo e Corínthias, especialmente, as coisas são diferentes, que merecem melhor resultado mais que os outros... Palhaçada! Como você sabiamente citou, não se comemora título por antecipação, se trabalha pra isso. A situação ficou mesmo muito feia, longe do objetivo maior do futebol. Aquelas pessoas todas faltaram ao trabalho pra ir apedrejar o ônibus? Deve ser, né? País maluco esse, meu Deus do céu! Li em algum lugar que no momento em que o "curíntia" tava lá se lascando, aquele morador de rua estava sendo agredito por mais alguns filhotinhos de papai sem noção e caráter. Mas quem se importa?
ResponderExcluirPare tudo aí que preciso descer!
Beijos, Adriano!
Na primeira frase, leia-se Corínthians...
ResponderExcluirOi querido, você disse tudo. É um absurdo tudo isso que estamos vivendo, as pessoas perderam a noção sobre o que é saudável, pior, não sabem mais onde termina a rivalidade e começa a insensatez, o preconceito, o agir de forma ridícula e violenta.
ResponderExcluirConcordo com você em tudo o que disseste, o André sanchez protagonizou nos últimos anos diversos casos de incentivo à violência da torcida e criou uma "verdade" que nenhum corinthiano admite ser questionada, mas poderia ser qualquer time, qualquer dirigente, qualquer jogador babaca que ganha muito e não sabe o que faz.
Um beijo!
É verdade, Milene, parece que os times da massa não podem perder para não provocar a ira de seus súditos... puro mimo de diretoria soberba. É time velho de idade que não aprendeu a conviver e evoluir com o passar dos anos. Futebol se ganha em campo com estrutura, estratégia e elenco. O resto é conversa pra boi dormir.
ResponderExcluirRafaela, estou contigo: Andrés Sanches que seja calado e separado do futebol profissional por conduta incompatível com a cultura do esporte.
Valeu pessoal!
Análise maravilhosa,Adriano!
ResponderExcluirComo sempre!
Acredito que essa paixão desenfreada e doentia,que não respeita pessoas e chega ao nível da intolerância não é definitivamente amor pelo time.
Abraço!