Outro dia fiquei estagnado com a notícia de que alguns deputados queriam proibir a veiculação de propagandas de produtos voltados ao público infantil em veículos de massa. No meu entendimento essa era uma política anti capitalista que poderia frear o consumo de um segmento, que também gera imposto, crescimento econômico e empregos diretos e indiretos.
Depois disso fui aprimorando meu ponto de vista oblíquo lendo mais sobre o assunto e as opiniões de alguns internautas e amigos. Dentre eles cito a Eliane Bonotto com seu blog de conteúdo refinadíssimo (visite o blog e leia esse post sobre o tema) e Francisco Giovanni, professor, doutor e amigo de conteúdo irrepreensível (visite o blog e leia esse post sobre o tema).
Em resumo, quero dizer que hoje já tenho a segurança em afirmar que sou contra a veiculação de publicidade dirigida a crianças em veículos de comunicação em massa, e gostaria de compartilhar com vocês essa breve apresentação em slides que recebi recentemente e que traduz exatamente o meu ponto de vista a respeito do
consumismo infantil.
Não deixem de ver essa apresentação. Vale a pena...
Adriano,
ResponderExcluirEu também sou contra a pedagogia do consumo. Como educador sempre digo aos meus colegas de profissões e alguns casais que tenho aproximação, que precisamos educar nossas crianças, para vida e para o bem viver. Objetivando uma educação para um outro mundo possível, que é educar para qualidade humana para “além do capital”; é educar para re-humanizar a própria educação.
A construção de um outro mundo possível é complexa e exige que se forme uma rede cada vez mais ampla de pessoas (pais, professores, diretores, coordenadores, vizinhos, familia) preocupadas com essa tarefa, relacionada com a nossa sobrevivência e com a sobrevivência do planeta.
A educação, nesse sentido, pode favorecer a construção de uma outra lógica, através da formação da consciência crítica, contra a educação consumista, contra a degradação ambiental, as desigualdades, a violência, valorizando e assumindo os direitos humanos, a diversidade cultural, a participação de todos na vida social e nos processos decisórios.
Gostei muito da apresentação de slide, vou utilizar ela a qualquer momento em algum dos meus cursos e oficinas para professores.
abraços
Hugo
Achei que tinha deixado um comentário aqui, mas deve ter sido só no FB.
ResponderExcluirAdriano, esse é um tema complicado, porque tiram-se os comerciais, mas no dia a dia as criancas väo continuar vendo e sofrendo caso não possam ter, as que sofrem com isso, e ainda serem vítimas de assédio moral por parte dos demais, como desde muito tempo a gente pode observar.
Não lembro na minha época de tantos comerciais, ou talvez eu näo prestava atencäo ao que passava na tv, mas as meninas levavam os brinquedos da moda, as bonecas caras, as barbies, para a escola, e quem não tinha geralmente ficava de fora do grupo.
Eu tenho uma amiga que nunca teve aquela boneca bebezinho, e depois de adulta ainda comentava de como foi triste pra ela não ter tido a boneca que as outras tinham e que assim que tivesse uma filha iria comprar a tal boneca pra menina. Eu não tinha tantos brinquedos, somos 5 filhos, minha mãe era professora, entäo difícil tá acompanhando moda e tendo esses luxos inúteis, mas sempre encarei numa boa e minha irmã e irmãos também, nosso foco era outro.
Acho que deve ser muito frustrante pra muitas criancas não poder ter o que é passado na tv como o item que vai valer para elas fazerem parte de um grupo ou coisa do tipo. Como é frustrante para muitos adultos também.
Sou a favor de cortarem esses comerciais, e mais a favor ainda da abordagem desse tema nas escolas e principalmente pelos pais numa conversa bem sincera com os filhos sobre a vida real. Sim, porque tem muitos pais que embarcam nessa e até porque talvez foram frustrados, fazem das tripas coracäo para darem ao filho(s) ou filha(s)os objetos da moda, sejam brinquedos ou roupas de marca. Uma vez vi num programa brasileiro uma faxineira que tinha comprado uma calca jeans de 200 reais pra filha adolescente porque era o desejo da menina, e lá se foi quase metade do salário dela pro jeans de marca.
Me alonguei demais.
Uma boa semana muito produtiva pra você.
Parece que é um concenso entre nós o fato desse problema ser prejudicial para a auto estima e a felicidade das crianças, geralmente mal acompanhadas pelos próprios pais. Daí minha opinião de que deveria haver uma secretaria pública destinada à formação de pais, na qualidade de mentores e educadores de filhos.
ResponderExcluirAquela apresentação de slides fala muito claramente sobre o poder de influência de um comunicador na cabeça de uma criança, onde a ausência dos pais torna-se ainda mais prejudicial para o resultado do apelo agressivo para a compra dos produtos promovidos via merchandising.
Obrigado Hugo e Luciana pela participação!
Abraços!