Num reino distante onde havia prosperidade, 6 faculdades, 3 shoppings de varejo e outros tantos de atacado, grandes escolas particulares, 3 grandes clubes de campo, 4 bons hospitais, aeroporto de grande porte, vila olímpica, 12 concessionárias de veículos de passeio, ticket médio de $ 25,00 nos mercados e onde quase toda a população de aproximadamente 300 mil habitantes possuía casa própria e andava com seu próprio veículo motorizado, surgiu um novo empreendimento.
Esse empreendimento encantou de imediato lordes e condes do reino, que de posse de pesquisas conclusivas decidiram investir nele, naquilo que seria um verdadeiro Puro Sangue.
E o Puro Sangue recebeu os melhores votos de sucesso de todas as fadas da região, menos de uma: a Fada da Cegueira Estratégica.
Devido a esse encanto da fada, muitos deixaram de compreender a dinâmica do mercado, acreditando que o Puro Sangue, de aparência quase divina, seria competitivo e forte no meio dos demais empreendimentos do reino. A fada provocou muita confusão e falhas de interpretação de temas tipicamente mercadológicos, tais como:
1 – Fez acreditar que todas as pessoas de classe A da micro região do empreendimento possuíam também hábitos de classe A, o que não era verdade;
2 – Fez esquecer que seu reino de 300 mil habitantes em nada se assemelhava a um reino de 10 milhões de habitantes, o que obrigaria os lordes a traçarem estratégias muito mais elaboradas para um quarto empreendimento desse porte;
3 – Fez ignorar que um grande empreendimento não se fazia só com capital, mas com visão estratégica e planejamento antecipado de especialistas para que ele se sustentasse após o nascimento;
4 – Fez precipitar os locadores comerciais que não garimparam os lojistas mais adequados para atender ao público pretendido, recolhendo operações aleatoriamente, sem análise de perfil e de potencial de gestão e crescimento;
5 – Fez iludir os gestores com uma campanha publicitária linda, porém caríssima, para o lançamento de um negócio inacabado.
Mas o maior prejuízo causado pela Fada da Cegueira Estratégica ainda estava por vir: o Mal da Cegueira Continuada.
Devido a esse mal, a equipe de lordes, mesmo sabendo que estavam vítimas da fada, nada fizeram para quebrar o encanto, e persistiam no erro de não traçar um plano estratégico para embasar seu empreendimento e ressurgir competitivamente nesse reino tão promissor. Ao invés disso, apostaram na chegada de um cavalheiro, que igualmente vítima da cegueira estratégica e falta de persuasão, nada pôde fazer.
Com isso, insistiam em promover eventos e realizar publicidade para um público que, quanto mais chegava, menos voltava. É isso! Essa era a conseqüência da cegueira estratégica: atrair consumidores para algo do qual eles não se encantariam, levando uma idéia negativa de que o Puro Sangue era ruim, e de que lá eles não conseguiriam nada que pudesse lhes interessar:
1 – Um centro de compras com opções de escolha;
2 – Um local de entretenimento adulto e infantil, onde inclusive poderia ser feito compras.
Por que então alguém sairia do principal centro de compras no centro do reino, onde havia inclusive dois empreendimentos semelhantes, para dirigir-se a um local que sequer garantiria a satisfação de uma compra?! Nem a âncora de um grande mercado, com fluxo médio de 1500 clientes/dia e 3000 clientes nas quartas-feiras e finais de semana conseguia levar para dentro do empreendimento os consumidores pretendidos.
Foi então que o encanto causou o seu maior e último efeito, transformando um Puro Sangue num Elefante Branco, cujo fim estava pré-anunciado.
E pairava aquela dúvida: se o negócio é tão ruim, por que é que alguém investiria milhões na construção de outro empreendimento semelhante a menos de 1 km do Elefante Branco?
A resposta poderia ser simples: lá, a Fada da Cegueira Estratégica não conseguira atingir os seus gestores, que trabalhavam nos bastidores para construir algo que:
1 - Não iria competir com os líderes de mercados;
2 - Proporcionaria um novo conceito de compras com lojas DIFERENTES do trivial, daquilo que todos já conheciam e que estavam presentes no principal centro de compras do reino;
3 - Provocasse o interesse de toda a população do reino, e não apenas dos circunvizinhos;
4 – Atrairia pessoas de todas a idades, principalmente infanto-juvenil, a qual obrigatoriamente carregaria consigo pessoas adultas, e que formariam o público qualificado e fidelizado a médio prazo, dando a sustentabilidade de que o empreendimento necessitaria;
5 – Oferecesse ENTRETENIMENTO, pois não adiantaria remar contra a maré acreditando ser possível modificar a cultura de um reino onde era típico da população andar de um ponto a outro atrás de opções e preços para comprar roupas, calçados e eletrodomésticos.
E assim termina a história do Puro Sangue que transformou-se em um Elefante Branco. E nem precisa ser mago para saber que dava para quebrar o encanto da Fada da Cegueira Estratégica.
Essa fábula é muito real para ter fadas!!! rsrs Parabéns! Só não entende quem não quer........
ResponderExcluirÉ por causa desse gigante branco que eu excluí meu perfil do lance. Aff...cresceu demais e sem estrutura nenhuma.
ResponderExcluirEu não sou Diogo nenhum!!!
ResponderExcluirSou Nane!
Oras...eu hein!
Aff...
Parabens pelo texto,muito bom,essas fabulas muitas e muitas vezes acontece na vida real,é o tal ditado,pra ajudar tem poucos,mas para atrapalhar tem muitos.
ResponderExcluirDiogo em Nane Aff...rs
Olá Nano!! Seu blog é muito interessante, parabéns!! Realmente perdi totalmente a paciência com a página do activo, Deus meu... mas você acabou dando idéia para a tati aqui rsrsrsrs... beijão!
ResponderExcluirNano, meu boteco agora é aqui:
ResponderExcluirhttp://boteco-da-nane.blogspot.com/
bjos
O Nane, fazendo propaganda em todos os Blogs!!! rsrs Vai te custar algum viu??? rsrs Bjs!
ResponderExcluirShow de bola...e Deco a Nane tem que fazer propaganda, afinal boteco vive de movimento, oras...
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