quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

As diferenças entre quem vive da cabeça e quem vive do corpo


Hoje fiquei pensando nos funcionários que não querem se esforçar para aumentar sua qualificação, e de repente fiz uma analogia entre a carreira de quem vive do corpo e de quem vive da mente. Quando digo do corpo refiro-me à beleza (como modelos) e também à força (como atletas). E quando digo da inteligência refiro-me às atividades técnicas que requerem aperfeiçoamento intelectual constante.

Parece meio confusa a minha linha de raciocínio, mas partindo-se do princípio de que profissionalmente a mente tem a vida útil mais longa do que o corpo, podemos concluir que com o passar dos anos as chances de alguém viver uma vida mais produtiva é de quem usa a mente, e não de quem usa o corpo. É que enquanto seu corpo tende a piorar, sua mente tende a melhorar, pois a obtenção do conhecimento é infinito, ao contrário dos nossos tecido e músculos que vão aos poucos definhando. Não parece óbvio? Pois note que os grandes nomes do mundo científico, do mundo dos negócios e do mundo artístico geralmente são até mais respeitados após os 50 anos, ao contrário dos atletas e de modelos fotográficos que tornam-se cada dia mais obsoletos e menos valorizados antes mesmo dos 40...

Onde eu quero chegar? Quero dizer às duas vertentes de trabalho que:

1 - Se você não vive do seu corpo, precisa desenvolver sua mente dia após dia para que torne-se cada vez mais qualificado e produtivo, mesmo com idade avançada. Veja o exemplo de Oscar Niemeyer;

2 - Se você vive do seu corpo não contrate apenas um empresário para cuidar de sua carreira, mas contrate um também que cuide da sua aposentadoria ou de seus negócios, para que não fique sem renda já aos 40 anos como uma ex-celebridade de sucesso. Veja o exemplo de Pelé, que viveu do seu corpo mas não perdeu a majestade com o passar dos anos.

É só isso o que tenho para hoje. Em resumo, ou você cuida do seu aperfeiçoamento todos os dias ou você cuida do seu futuro para que sua fortuna acumulada a duras penas não vire poeira em poucos meses. E em ambos os casos faça um plano de carreira e um plano de vida, pois enquanto estiver vivo sempre dependerá de alguma renda para morar, vestir-se e comer.

Um comentário:

  1. A sua linha de raciocínio está perfeita. O Garrincha, se tivesse se cercado de profissionais decentes, teria tido certamente uma vida profissional bem mais longa e proveitosa, e não teria morrido quase feito um indigente, como lamentavelmente aconteceu.

    Quanto ao Pelé, além de empresários competentes, ele conta com um garoto propaganda infalível: O Edson...

    Beijo, Adriano.

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