sábado, 13 de agosto de 2011

Programa Pânico alcança o ápice da estupidez em busca de audiência fajuta

No último domingo, dia 7 de agosto, o programa Pânico da Rede TV mostrou que não há limites para "inovar" e "encantar" o cliente naquilo que chamamos erroneamente de entretenimento.

Em mais uma tentativa de surpeender o público, seus produtores brincaram com aquilo que não se brinca: o sentimento de perda de uma pessoa querida. Pode não ser querida minha e nem sua, mas Amy Winehouse tem a sua legião de fãs e apreciadores de sua música, além de amigos e parentes que viram com indignação uma brincadeira de muito mau gosto divulgada na mídia internacional.

No quadro "O invasor", o humorista Daniel Zukerman e o produtor André Machado conseguiram entrar no reservado funeral de Amy e de lá saíram com ares de pesares para a inveja de jornalistas do mundo todo, que tentavam sem sucesso saber notícias do fúnebre evento. Suas fotos saíram em sites, tablóides e revistas do mundo todo como se fossem alguma personalidade ligada à cantora, e isso repercutiu muito mal.

Depois de anunciado com alarde, o feito foi alvo de boicote por parte dos fãs da cantora, que não viram graça na atração.

O preço dessa brincadeira, segundo o site AdNews foi que "Um dos programas que mais dá retorno à RedeTV!, o Pânico registrou no último domingo, 7, sua pior audiência dos últimos dois meses, com média de 8 pontos, segundo a colunista Keila Jimenez, em texto publicado na Folha.com. "Mesmo de férias e com reprises no ar, o programa vinha alcançando audiência na casa dos 10 pontos", afirma, sendo que cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande São Paulo."

"Penetrar num evento privado e doloroso como este não é o mesmo que desfilar na Fashion Week sem convite", comentou Tony Goes em sua coluna no F5. "E as entrevistas ‘fake’ a vários canais de TV, com direito a choro compungido, foram sim um tapa na cara da família da artista. Não há liberdade de expressão que desculpe a má educação."

Espero que o povo brasileiro saiba observar com mais cautela o conteúdo dos programas que seus filhos assistem, pois é na TV que boa parte deles permanece durante a ausência física e presencial dos pais, que muitas vezes ignoram em preocupar-se com a sua formação de caráter e de valores...

Um comentário:

  1. Nossa, eu vi li sobre essa bizarrice. Essa busca alucinada pelos holofotes é terrível, insensível, patética. Mas é o estilo do programa, ofender e ridicularizar as pessoas e agora perderam a noção de vez.

    Cabe ao telespectador dar a lição, né? Mas duvido que aconteça... Ainda há quem dê muita risada desse absurdo.

    Bela crônica.
    Beijo, Adriano.

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