Um relacionamento empresarial de co-participação, ou seja, gerido simultaneamente entre duas pessoas jurídicas diferentes já não é fácil.
Imagine então você gerenciar uma entidade sem fins lucrativos, sem ser o dono dela de fato, nomeando dirigentes para diversos departamentos, e mesmo estando fortemente endividado realiza investimentos de alto risco e de alto valor para o mercado nacional, e ainda abrindo espaço para o torcedor sentir-se parte do negócio. E mais um detalhe: o torcedor auto-denomina-se "um bando de loucos"... essa receita tem tudo para não dar certo.
Estou falando do Corinthians. E mesmo sem querer ser repetitivo quero reafirmar aquilo que tenho dito em outros posts nesse mesmo blog, analisando friamente a situação como um empreendimento.
Veja só o resumo de como foi esse último fim de semana do clube, após derrota para o Atlético-GO, segundo Leandro Canônico, da Folha de São Paulo no dia 10/10/2010:
"Adilson Batista não teve um dia fácil neste domingo. Na verdade, a pressão começou no sábado, quando sete integrantes da maior organizada do clube se reuniram no Parque Ecológico com diretoria e líderes do elenco, como Alessandro, Paulo André, Roberto Carlos e William. Neste domingo, do vestiário, o treinador já sentiu a insatisfação da torcida com a escalação que mandaria a campo. Seria um dia para o Corinthians reviver tempos do velho Corinthians.
Demissão, vaias, bombas... Timão revive dia do 'velho' Corinthians
A torcida, então, parou de apoiar depois do apito final. Gritou “não é mole não, o Brasileiro virou obrigação”, “se não ganhar, o bicho vai pegar”, “queremos jogador”, entre outros gritos de pressão tradicionalmente usados. Acabada a partida, membros da maior organizadas do Timão foram tentar entrar no vestiário. Foram barrados e ficaram sem o mesmo privilégio que tiveram no sábado.
Já no vestiário do Pacaembu, tensão no ar. Antes do anúncio da demissão de Adilson Batista, 30 minutos de reunião lá dentro. Enquanto isso, a torcida se reunia, cada vez em maior número na porta do ônibus da delegação. Os jogadores, com medo, ficaram dentro do vestiário e só partiram para o veículo na hora de ir embora. Ouviram xingamentos dos mais variados tipos.
Dentro do estacionamento do estádio havia mais de 30 pessoas e do lado de fora do portão 23 mais uns 70 fanáticos. Antes disso, na Praça Charles Miller, principal acesso ao Pacaembu, a Polícia Militar teve de usar bombas de efeito moral, mas nenhuma ocorrência mais grave ocorreu.
Para quem estava acostumando com um Corinthians sem crise, de clima leve, o cenário de hoje faz o torcedor relembrar de tempos nada agradáveis, em que o clima de pressão era rotineiro e agressivo."
Vejam que o clube errou em muitos aspectos, e o maior deles foi prometer um ano cheio de títulos para comemorar os 100 anos de fundação sem considerar que para conquistar títulos deveria contar com itens como: o porte atlético de sua maior estrela; não poderia ter desfalques por contusão; os campeonatos são formados, inclusive, por adversários...
Esse foi o modelo de gestão escolhido por Andres Sanches: gastar o que não tem, promoter o que não pode prever e aumentar o status de uma torcida que não sabe perder... como qualquer outra torcida.
Resta esperar que isso não promova consequências mais graves, pois futebol é esporte, saúde e entretenimento, não há espaço para violência, e nem para rivalidade truculenta.
Ter apenas acúmulo de capital não é sinal de bons rendimentos.
ResponderExcluirHaja vista,que o time tem um jogador que não joga desde o começo do ano.
E vale lembrar que o presidente da entidade foi o chefe da Delegação da seleção brasileira.
Pulgas..pulgas e pulgas...
Querido,Adriano desejo um belo feriado e um lindo dia das crianças para sua princesa e toda família!
Abraço!
OI tudo bem?
ResponderExcluirPois é, os presidentes dos Clubes precisam ser menos arrogantes e melhores gestores, lidam com uma paixão muito forte, não podiam agir assim.
E agora?
E se este estádio não fica pronto para a Copa?
São só farpas.... pulgas como disse a amiga Carol.
beijos!
Ah... jpa votei em vc na sua categoria.