O problema é que muitos simplesmente não conseguem perpetuar uma prática, um conhecimento recebido para aplicação constante em seu trabalho. Esse é um dos motivos que vez ou outra me desanima profissionalmente... aquela sensação de que não estou conseguindo deixar alguma coisa de herança para essas pessoas, o que por sua vez é ruim para os negócios no presente.
Mas pensando mais a fundo, sei que em outras ocasiões obtive enorme êxito. Formei pelo menos 3 gerentes e alguns encarregados, que cresceram após menos de um ano de trabalho sob a minha batuta.
Com isso voltei ao meu processo de análise original: por que aqui no Tocantins não estou conseguindo maior êxito?
A resposta talvez seja a falta de ambição dos trabalhadores nativos. Não há nada pior do que pessoas que não se preocupem com a sua empregabilidade no dia de amanhã. O estado do Tocantins, especialmente a cidade de Palmas, é carente de bons profissionais. As pessoas que trabalham em atividade que não requer graduação superior não ficam desempregadas aqui. E com isso, no ramo de supermercados, por exemplo, há mais demanda do que oferta por mão de obra. Aqui o baixo desemprego é um problema, pois baixa o nível de qualificação do profissional.
A preocupação de muitos está na pesca ou na balada do próximo final de semana... Falar sobre plano de carreira e sobre crescimento profissional pode parecer conversa de maluco. Parecem já acostumados com a idéia de que a vida deles á aquilo ali mesmo. Ou seja: falta ambição para fazer mais e melhor.
Todos nós somos movidos a desafios, aquilo gerado por alguma ambição. E você, já identificou o que te move para o sucesso? Já tem bem definido o que te fez, faz ou faria sentir-se um "bem sucedido"?
Está aberto o debate... uma ótima semana a todos!
Aqui e na Zâmbia acontece o mesmo problema, marido já desistiu de passar conhecimento. Conseguindo alguém que o ajuda com os equipamentos já dá-se por satisfeito. Beijocas!
ResponderExcluirOlá Adriano, não é fácil e eu te endendo. Acredito que as pessoas estão desacreditadas principalmente com a situação econômica do país, o salário, a política, alguns com tanto trabalhando tão pouco e outros com tão pouco, trabalhando tanto. Deve ser isso. Mas vamos ver se muda lá na frente. A esperança deve ser a última a morrer. Bjosss
ResponderExcluirNano querido,
ResponderExcluirNem preciso te dizer o quanto admiro suas opiniões e sou fã dos seus posts, né?
Me pego pensando muitas vezes nessa questão que você levantou e... apesar dos pesares, acho que estou indo em direção às minhas ambições sim! Ainda bem, né?
Tenho certeza de que você também está indo atrás das suas!
Um beijo, querido! Sou sua fã!
A realidade é tanta que a Ponto Pessoal aproveitou para divulgar esse artigo também no nosso blog. Mas a falta de ambição pode ser trabalhada, é só encontrar o que move e felicita cada um!
ResponderExcluirObrigado pela parceria, Adriano!
Pois é, Adriano, tenho feito o possível para conquistar o empenho das pessoas não através da premiação pelo trivial, ou seja, premiar quem faz o que simplesmente já deveria ser feito. É como meu pai já me disse um dia: "não vou te premiar por passar de ano na escola, essa é a sua obrigação. Mas vou te castigar se repetir de ano..."
ResponderExcluirBaseado na meritocracia, temos buscado ferramentas para destacar os poucos que cumprem o seu papel diante do grupo e premiar, sem aviso prévio, os que se destacam por fazer mais do que o esperado, enfatizando que a pró atividade e o interesse deles em proporcionar ganhos para a empresa, será reconhecido em algum momento.
Ainda estamos muito longe do ideal, e como você bem citou, continuamos atrás da informação: o que move e felicita cada um no ambiente de trabalho.
Grande abraço!
Adriano Berger