Outro dia coloquei-me a pensar sobre um assunto para o qual dou muita importância. Por que será que as pessoas já não têm mais a mesma capacidade de viver por longo período com o mesmo parceiro conjugal? Quais serão os fatores ambientais que interferem mais diretamente nesse novo formato da sociedade, onde aceita-se bem a separação dos casais e o recomeço da vida marital com novo parceiro, mesmo com filhos a bordo?
Cogitei algumas hipóteses totalmente intuitivas, sem análise científica ou estatística:
1 – As mulheres, que anteriormente tinham a missão de cuidar dos interesses do lar, hoje aspiram desenvolver-se profissionalmente como os homens, podendo até ser provedoras dos recursos essenciais (missão antropológica masculina). E a recíproca não é verdadeira;
2 – As mulheres, após alguma conquista financeira aceitável, já são capazes de viver sem os homens originalmente provedores dos recursos, mesmo com filhos a bordo. E a recíproca não é verdadeira;
3 – As mulheres, após firmarem-se na sociedade como capazes de sobreviver financeiramente sem os homens e ainda levarem uma vida social e sexual ativa sem o mesmo tabu de antigamente (assim como os homens), tornaram-se livres para buscar a felicidade fora de um casamento fracassado, que outrora era mantido às custas da aparência e da dependência do esposo;
4 – As mulheres entraram definitivamente no contexto social e passaram a buscar as mesmas coisas que os homens sempre tiveram: liberdade de ir e vir, diversão, dinheiro, relacionamentos e aspirações pessoais.
Diante disso coloquei-me a questionar: o contexto familiar e a manutenção do matrimônio “até que a morte os separe” está muito modificado em relação à geração dos Baby Boomers por que as mulheres evoluíram como indivíduos ou por que os homens não evoluíram como indivíduos?!
Foram as mulheres que adaptaram-se para sobreviver na sociedade de consumo ou os homens que não adaptaram-se às necessidades de introdução da mulher na sociedade de consumo?!
Quem é a vítima e quem é o agente dessa mudança social?! O velho homem está pronto para conviver e aceitar pacificamente a nova mulher da mesma forma como a velha mulher já conviveu e aceitou por longos anos o velho homem?!
A religiosidade, ou a falta dela, pode estar interferindo numa mudança de valores a respeito da instituição familiar?!
Enfim, estamos discutindo um problema sem relativa relevância para o futuro da humanidade ou a família em sua composição original ainda é um conceito a ser mantido devido a real importância para a manutenção de uma sociedade madura, sadia, justa e evoluída?!
Não é o valor da resposta em si, mas o debate das questões e diferentes opiniões que nos levará a meditar e agir a nosso próprio favor.
Inressante tema para fazer uma pesquisa.
ResponderExcluirConcordo com suas hipóteses e acho que o homem já aceitou bem essa realidade; também o homem mudou e sua idade como solteiro se estendeu.
Um abraço Adriano!!
Sebastián
o mundo está acabando, Nano.
ResponderExcluirninguém evoluiu.
esse papo de igualdade entre homens e mulheres é a maior palhaçada ever! bom era o tempo em que as pessoas eram menos egoístas!
quem não se salvar viverá sozinho, infeliz e trabalhando pra cacete até a aposentadoria, quando estará capenga, rabugento e solitário, coçando a bunda e reclamando pelos cantos.
que a mulher provenha o sustento é lindo e tudo mais, mas o negócio de pseudoindependência subiu para a cabeça a mulher subverteu a ordem.
viva a sociedade madura da minha avó, isso sim!
Nano, concordo com a Tati, o casamento faliu, pq agora todos querem mandar, só que a Mulher ainda tem na cabeça o que lhe foi passado, ae os conflitos são inúmeros.
ResponderExcluirNa minha opinião o casamento acabou uma geração atrás da minha.
Grande camarada, tudo bem? Rapaz, realmente estou em dívida não só com vc, mas com muitos amigos do Blog. Felizmente, eu vivo um momento profissional muito bom, mas, como não poderia deixar de ser, ele está trazendo um sem número de atividades, de modo que as 24 horas do dia não estão sendo suficientes. A partir de outubro a tendência é q tudo se normalize. Abração parceiro!
ResponderExcluirAdriano,
ResponderExcluirPerfeito o post e bom pra refletirmos sobre nossos papéis na sociedade.
Realmente o mundo atual encara esse casamento, como um contrato mesmo.
Com a emancipação das mulheres, igualdade e essas coisas, todos ficamos livres para desfazer esse contrato assim que bem entender e buscarmos novos rumos.
Esse papel era exclusivo do homem.
A foto foi muito boa...
Uma excelente e atualizada reflexão. Casada até que a morte os separe (33 anos) e, sem nenhuma neurose, um grande amor não se separa de forma alguma (isso é reflexão para outro post!)... Sei que quando a inteligência emocional consegue separar o profissional, do pessoal e das emoções, respeitando individualidades e controlando a guerra de competição entre os egos conseguiremos sim a harmonia da convivência. É também uma questão de investimento na "sociedade amorosa do casamento".
ResponderExcluirAbraço Célia.
Pois é, Célia, sua reflexão é perfeita. Esse texto escrevi quando percebi que estava sozinho em uma sociedade totalmente diferente dos valores que aprendi, onde os casamentos eram feitos para durar mediante o amor, a tolerância e o respeito. Tenho 38 anos de idade, 15 de casado e não me acostumo com os pesudo-casamentos de hoje em dia... Nem as igrejas estão sendo capazes de influenciar positivamente na manutenção dos casamentos baseados no amor.
ExcluirE meu diagnóstico foi esse: a mulher que provém recursos deixou de manter casamento de aparências, onde sabendo da infidelidade de seu marido mantinha-se esposa sem honra por não ter para onde ir com os filhos.
A crítica foi para o machismo, pois o feminismo não veio apenas para a busca da liberdade da mulher, mas também, e principalmente, para o respeito e pelo amor próprio.
Infelizmente a sociedade não está caminhando para uma volta aos antigos valores, e a felicidade através da libertinagem e do individualismo parece estar se consolidando cada dia mais em ambos os sexos como um falsa promessa que muitos continuam a buscar com muita fé.
Forte abraço!
Adriano