segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Marketing pessoal começa com o autoconhecimento

Hoje eu estava pensando em um tema bobo que redigi já faz bastante tempo em meu blog, e sem querer formulei uma abordagem a respeito do meu próprio marketing pessoal.

Tratava-se de uma discussão a cerca dos personagens do Maurício de Souza, os quais eu condeno como exemplos às crianças, e então pensei em desafiar as mães: peguem o personagem da TV preferido de seus filhos e encontre nele 5 adjetivos, e assim verás se ele é uma boa ou má influência para o amadurecimento da criança que o assiste (faça esse exercício pensando no Cebolinha ou no Cascão...).

Feito isso imaginei que uma das mães me desafiaria: “e por acaso você já fez essa autocrítica a seu respeito?”. Parei... nunca fiz isso de forma crítica, apenas a faço para massagear meu próprio ego. Mas daí surgiu uma técnica para o desenvolvimento do meu marketing pessoal.

Definição

O marketing pessoal nada mais é do que desenvolver sua imagem ou conceito para que ela influencie positivamente quem o conhecer. Ou seja, você é a sua própria ferramenta de trabalho para alcançar algum fim. Com isso, tudo o que escrever e falar, a forma como se relaciona com as pessoas, a forma como movimenta seu corpo, a forma como você se veste, e até as pessoas que andam com você são fatores influenciadores de uma opinião a ser construída a seu respeito.

Assim, voltando à abordagem da autocrítica através da nomeação de adjetivos pessoais, podemos diagnosticar a nós mesmos para avaliar se estamos adotando uma boa estratégia de promoção pessoal para cada fim.

O diagnóstico

Vamos supor que você freqüente uma igreja. Tem algum objetivo pessoal, diante do grupo, que o leve até lá toda a semana? Sim, você deseja (além de ir para o céu!) fazer parte do coral e anseia ser convidado pelo maestro. Então agora analise quais os adjetivos o representam sob a ótica das pessoas que o vêm: as pessoas te vêm um cara reservado, tímido, bem sucedido financeiramente, fiel à igreja e generoso. Nesse caso seria melhor expor-se mais, sentar mais à frente, cantar com vigor, aproximar-se do maestro no final dos cultos e cumprimenta-lo sempre, apreciar o grupo de cantores, etc... Assim poderia ser visto com outros adjetivos, substituindo o reservado por entrosado e o tímido por ousado, além de parecer talentoso quando o virem cantando com vontade ali no seu banco.

Note que é possível manipular sua conduta para promover-se com foco em algum objetivo! Se tiver que convidar mais alguém para o coral, porventura você não seria lembrado pelo maestro? Certamente que suas chances aumentarão bastante, pois é melhor ser entrosado do que reservado, e é melhor ser ousado do que tímido.

A mesma técnica pode ser adotada no trabalho, onde você deseja crescer e ser percebido pelo seu gerente, mas sem parecer um típico “puxa saco”. Observe os pontos que seu gerente valoriza nas pessoas, especialmente os adjetivos que o representam. Depois faça uma análise nos seus adjetivos pessoais dentro daquela organização, como as pessoas o vêm e o que elas provavelmente enxergariam a seu respeito. Depois veja o que precisa ser trabalhado para que você seja percebido sutilmente, sem uma mudança radical na sua forma de ser.

Essa estratégia pode ser bem aproveitada e trabalhada desde que haja muita franqueza de sua parte e um compromisso de não desanimar frente aos adjetivos negativos que você mesmo já conheça sobre a sua pessoa. A vida está aí para ser vivida, e desde que você reconheça e admita suasfraquezas, o único capaz de mudar esse perfil é você mesmo. É pegar ou largar essa possibilidade de aperfeiçoamento pessoal.

Mas cuidado: os adjetivos que te fizeram bem sucedido na escola e faculdade podem não ser necessariamente os mesmos que o promovam no trabalho. Pelo contrário... podem até te estereotipar de forma muito negativa. Uma coisa é a faculdade onde o maior interessado é você mesmo, e outra coisa é o emprego, onde te pagam para trazer resultados e você é visto como investimento.

E lembre-se de viver o personagem apropriado para cada ocasião sem perder a sua essência: se você é brincalhão pode ser em qualquer lugar, basta saber dosar a intensidade e a hora apropriada para soltar-se. Se você é religioso, saiba o momento de demonstrar sua fé e sua doutrina em cada lugar. Se você é tímido, saiba agir sem parecer inseguro. E mais do que isso, lute para vencer a timidez, pois o mercado de trabalho e a sociedade não recebem de braços abertos alguém que foge de tudo e de todos.

Por hoje, essas são as minhas dicas de sucesso:

1 - faça um diagnóstico seguro de você mesmo observando-se com os olhos dos outros em cada ambiente;
2 - trace seu plano ou objetivo a ser alcançado para cada situação;
3 - prepare sua estratégia de marketing pessoal, projetando como as pessoas gostariam de vê-lo de forma a favorecê-lo nos objetivos a serem conquistados.

E principalmente, pense em tudo, pense globalmente. Cuide bem do que você conversa nos intervalos e no que você escreve nas redes sociais: cuidado com as fotos que você publica, com as causas que você promove e com as críticas que você faz, para que sua conduta pessoal não seja conflitante com o papel que você busca representar nas diferentes ocasiões ou lugares que você frequenta.

A idéia não é que você crie uma máscara ou uma mentira de si mesmo, mas que você identifique seus pontos negativos e os trabalhe para que se tornem pontos a seu favor em cada ocasião. Pois se você desenvolver o seu produto, a sua imagem e estabelecer seus melhores adjetivos como diferenciais, aí sim o sucesso estará garantido na vida pessoal, social e profissional.

Leia também artigos relacionados a currículo clicando aqui, e artigos relacionados a empregabilidade clicando aqui. Vale a pena conferir!!


*Esse texto é de minha autoria e foi postado originalmente no blog Ponto Pessoal, onde tenho uma parceria para escrever sobre Marketing Pessoal. Foi lançado com o nome Você, seus adjetivos e suas chances de sucesso, dividido em duas partes: parte 1 e parte 2. Passe por lá e dê uma espiadinha!

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