terça-feira, 5 de julho de 2011

Saindo de cima do muro para ser alguém

Não há nada mais subjetivo do que ter que responder a essa pergunta: "Quem é você?". A mesma pergunta que fazem quando atendem ao telefone e perguntam "quem está falando?", e você não sabe exatamente o que responder. - Aqui é o Adriano, filho do Ferreira. Ou então - é o Adriano, do Quartetto. Ou seria - é o Adriano, aqui de Palmas. Ou simplesmente - é o Adriano Berger... E sabe o por que dessa dúvida? Porque não estamos devidamente familiarizados com a atividade fim de cada ocasião! Será que minha resposta vai satisfazer à dúvida de quem perguntou? Cafundiu de vez a cuca... Vamos por partes.

O objetivo desse texto filosófico é ajudar que as pessoas se encontrem e saibam a que fim estão no local em que estão. Por exemplo no trabalho, é muito grande a falta de foco de certas pessoas na execução das suas atividades, de modo que não sabem o que fazer primeiro, quais são as prioridades de suas funções. Isso é falta de conhecimento da sua atividade fim, ou seja, "estou aqui para fazer o que exatamente". Por isso ocorrem verdadeiras distorções de prioridades, levam broncas gratuítas e deixam de fazer o necessário para fazer o dispensável primeiro.

Mas e quando te perguntam "você trabalha aonde?" e você responde "eu sou concursado", nas entrelinhas está demonstrando que sua atividade fim é ter emprego estável e que lhe ofereça um certo status, enquanto que o locutor queria saber na verdade qual é a sua profissão. Então sua resposta seria - sou advogado e exerço na corregedoria do estado. Ou então - sou cozinheira e trabalho como merendeira na escola estadual. Simples assim. Portanto sua atividade fim é a sua profissão, é o que você produz em troca do que lhe pagam.

Mas o momento em que ficar em cima do muro é mais prejudicial para o cidadão é quando ele não consegue definir-se profissionalmente. Isso ocorre devido a busca pelo dinheiro em prioridade à busca pela empregabilidade. Assim não se forma, não cria histórico, não gera lastro sobre sua capacidade de fazer algo bem feito com começo, meio e fim. Por isso não consegue prosperar e fazer carreira, e nem subir os degraus da valorização profissional, pois foca sua vida na busca imediata por um salário razoável, mesmo que a atividade em si não seja propulsora de novas oportunidades futuras com melhores ganhos financeiros.

Por falta de foco muitos jovens atropelam a vida seguindo a letra da música mais estúpida que já ouvi: Extravasa, libera e joga tudo pro ar!!!

E nesse ritmo bebem, fumam, fazem filhos, dançam, casam, separam, fazem filhos, trocam de emprego, casam, fazem filhos, trocam de emprego e não saem nunca dessa vida errante, até chegar ao ponto em que culpam o governo por não dar assistência ao cidadão, e por isso estão na lama.

A conclusão dessa idéia é que as pessoas foquem sua vida pensando no presente e no futuro:

- Prepare-se para ter uma profissão, e não apenas um emprego;
- Se for estudar, estude. Não busque apenas o diploma;
- Se for trabalhar, aprenda. Não seja apenas um executor, mas um interrogador;
- Se for se relacionar, namore. Sexo depois do casamento aumenta suas chances de planejar a vida a dois;
- Se ganhar algum dinheiro cedo, guarde. Deixe para se exibir quando tiver um status profissional relevante.
- Se perguntarem quem é você diga com orgulho seu nome, sua profissão e o nome do local onde trabalha.

E isso tudo poderá te ajudar a não ser um potencial José Ninguém...

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