Uma pesquisa recente realizada pela Associação Comercial de São Paulo apontou resultados que devem ser bem analisados pelos marketeiros industriais e supermercadistas de plantão.
"Na análise por classes, o resultado apontou que 40% dos consumidores A e B são os mais atentos às marcas. Em contrapartida, os das classes D e E são os mais desinteressados no assunto (66,3%). Segundo Sandra Turchi, superintendente de marketing da ACSP, a taxa de consumo mais elevada nas classes A e B apresenta uma forte ligação com o status que as grandes marcas conferem a quem as consome. A grande diferença é a forma como as classes analisam o produto no ato da compra. Os consumidores mais pobres prezam muito a escolha acertada, pois não dispõem de tanto capital. "Eles consomem produtos de qualidade, sim, desde que sejam beneficiados pelo crédito, mas não necessariamente a escolha vai estar ligada à marca. Ele se permite pagar mais caro, mas não quer arriscar", explica."
Em outras palavras, apesar de todos quererem consumir produtos de qualidade, boa parte dos consumidores de classe A e B são mais simplistas e tradicionais no momento da decisão: mantém a fidelidade na tradição das marcas como se isso fosse sinônimo de qualidade eterna.
Acertadamente, os consumidores de classe D e E experimentam e optam por produtos tão bons quanto os de marca tradicional, mas de preço mais acessível, pois ainda não possuem o valor agregado por anos de comunicação para consolidação da marca como nos casos de Coca-Cola, OMO, Danone, Sadia, Helmanns, Close-up, Nestlé, etc.
Alguém pode sentir falta da fabulosa classe C, como eu também senti, por isso faço aqui minhas considerações de ordem pessoal sobre o seu perfil: acredito que a ascensão financeira da classe C os deu a chance de "esnobar" marcas menos conhecidas e passar a consumir grandes marcas, quase como um desabafo de quem diz "agora eu também posso comprar o que quero sem me preocupar com o preço". Dessa forma, mesmo reconhecendo a qualidade de produtos de marcas menos tradicionais, a classe C já se dá ao luxo de comprar produtos que antes lhes pareciam artigos de luxo, mesmo compartilhando sem grandes preocupações os produtos caros com os baratos em seu carrinho de compras.
Essa análise pode ser usada por bons estrategistas para definir o layout de exposição de produtos nos supermercados, considerando classe social predominante por filial e mix de produtos disponível, além da opção entre o investimento em degustadores ou propaganda em massa por parte das indústrias.
Vale lembrar que essa pesquisa é por amostragem e regional. Portanto, há excessões na área investigada e pode ocorrer distorções territoriais.
Olá!
ResponderExcluirPassando pra desejar sucesso e paz!
Fica com Deus!
Bjão!