Estava lendo uma das comunidades empresariais em que participo e me deparei com o seguinte fórum de discussão, aberto pela Ana Paula Pinheiro:
"Em vídeoconferência na ExpoManagement, Jack Welch diz os diretores de finanças deveriam ter menos importância do que os de RH. Vocês concordam com ele?"
Minha opinião: Ana, se Jack Welch fosse deus, eu seria ateu... conhece aquela piadinha em que os órgãos do corpo humano estavam disputando sobre o seu grau de importância, e quem deveria ser o líder? O dia que o ânus parou de trabalhar, o corpo inteiro já não conseguiu mais parar em pé, e em vão batia o coração... Assim é uma empresa na gestão de cada departamento. Nem um vive sem o outro. Felipe Massa perdeu um título mundial em 2008, talvez porque numa das provas o staff que abastece o carro no box não retirou a mangueira de gasolina no tempo certo, comprometendo um ano inteiro de trabalho do piloto que terminou em segundo lugar no mundial de F-1. Ou seja, todos precisam buscar ser perfeitos no que fazem, e isso sim faz uma empresa crescer e vencer, com um bom conjunto.
Provavelmente Jack disse isso numa palestra voltada a profissionais de RH, ou com tema dirigido a essa área, pois na posição dele, de um líder empresarial, não deve acreditar de fato nessa colocação e nem assumir isso na presença do seu diretor financeiro.
É perigoso andar em círculos nessa discussão... Já vi empresas (e muitas...) quebrar por má gestão do departamento financeiro, mesmo com um ótimo departamento comercial, que foi contratado e motivado pelo RH.
Mas alguém pode dizer "essa é a importância do RH, pois em uma boa gestão teria identificado que o diretor financeiro não é de competência compatível com a necessidade da organização". Nesse caso, o RH se tornaria o centro do universo empresarial, saberia quantificar e medir o desempenho de todos os outros, e obrigatoriamente teria mais importância do que a função do próprio presidente.
O departamento financeiro sabe dizer se o trabalho do RH está sendo eficiente e rentável para a organização, pois contempla análise de entradas e saídas de recursos. Mas o RH não saberia dizer se o trabalho do financeiro está sendo eficiente e bem desenvolvido pelos objetivos da mesma organização. E agora Jack?!
Já trabalhei no faturamento de uma empresa e cansei de ouvir de alguns vendedores a frase:
ResponderExcluir- Sou eu que pago o seu salário!
Esses vendedores diziam isso com o seguinte significado... se eu não vendo, você não recebe!
Pra não aumentar a polêmica, eu ficava quieto, na maioria das vezes... mas a pergunta que ficava na minha cabeça era a seguinte ... e se eu não emitir a nota fiscal, haverá dinheiro para pagar o meu salário ou o do vendedor? eu tinha a resposta... se eu não fizer, outro fará... e essa resposta também servia para o vendedor.
Olá,Adriano!
ResponderExcluirNesta questão eu sou leiga para comentar,porém adoro ter aulas por aqui com você.
Abraços e ótima terça-feira!
Carol Sakurá
Olá Adriano!
ResponderExcluirBem ponderados os seus comentários sobre a questão proposta. O mais consequente é que todos trabalhem de modo interfuncional. Apenas para adicionar um pouco mais de tempero ao molho, lembro que já nos anos 1950 Peter Drucker destacava a importância da administração de marketing para as empresas. Talvez, alguém possa se apegar a isso e, por exemplo, sugerir que a gestão de marketing é a atividade principal da empresa, de modo que as demais decorrem dela.
Um abraço,
Giovanni
Grande Adriano,
ResponderExcluirMais um excelente texto do mundo corporativo.
Concordo com vc. Cada setor tem a sua importância e é vital para o funcionamento do "corpo" empresa. Ninguém pode considerar um setor mais importante do que o outro.
Existe sim, aqueles com mais e aqueles com menos glamour, mais isso não quer dizer que não sejam vitais.
Visite também o Rio Futebol, se puder!
Grande abraço,
Leonardo Resende
Rio Futebol
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