Nessa quinta-feira assisti a uma reportagem no Jornal da Record que preocupou-me em um ponto: quando você coloca um filho para dentro dos portões da escola, não ficaria a escola responsável por mantê-lo lá dentro até o horário de término da aula?
O fato é que na cidade de Fernandópolis-SP o conselho tutelar detectou um sério problema de frequência dos alunos e estabeleceu uma pena aos pais cujos filhos faltem em mais de 20% das aulas. A pena é justificada pelo fato de que crianças e adolescentes fora da escola podem estar em situação de risco ou inadequada para sua idade, sem conhecimento dos pais.
A pena determina que os pais de alunos que se enquadrem nessa situação assistam às aulas juntos de seus filhos, o que já atingiu 10 famílias da cidade.
Segundo o jornal digital O Globo, "Nos últimos dias, a rotina de uma adolescente de 14 anos mudou. A mãe dela vai ter que acompanhá-la todos os dias à aula. O pai diz que mesmo deixando a menor dentro da instituição ela matava aula. - Todos os dias eu a deixava na porta da escola e ia trabalhar - garante o pai. O diretor da escola disse que a jovem conseguia sair do local pelo portão principal ou pela entrada dos professores."
É aí que reside a minha indignação. As escolas não estão devidamente preparadas para cuidar dos alunos, predominantemente menores de idade, não conseguindo sequer controlar suas portas de entrada e saída. Punir os pais não passa de um tratamento paliativo para um problema bem maior: as escolas não estão assumindo a sua responsabilidade pelas crianças que são deixadas para estudar.
Por metade disso, além de outras opiniões pedagógicas, troquei minha filha de escola retirando-a da bem conceituada Adventista para outra instituição, por considerar demasiadamente fácil a entrada e saída de pessoas estranhas no pátio no horário de buscar as crianças.
Eu estudei a maior parte do ensino médio no Colégio Dante Alighieri em São Paulo, e era simplesmente impossível matar aula sem o cohecimento dos pais, mesmo fingindo uma diarréia no banheiro, de onde éramos resgatados a pedido da professora após um período ausente da sala de aula. Sair da escola então... nem pensar. O Colégio Nobel de Maringá, onde concluí o segundo grau e onde coloquei minha filha aos 3 anos, é um exemplo de responsabilidade diante do que acontece dentro dos seus portões.
E vocês, também sentem-se seguros com a escola de seus filhos ou filhos de alguém mais próximo?
Um ótimo final de semana!
Escolho a escola da minha filha prestando muita atenção em vários pontos e a segurança é um dos principais.
ResponderExcluirBjs.
Olá Adriano!
ResponderExcluirComo sempre seus temas são muito bom e muito prestativo, olha essa discusão sobre educação teria que ser fundamental em nossa sociedade,pena que muitos não leva isso em consideração e parte para outros discurso,durante essa semana tive opotunidade de ver uma longa entrevista na rede vida com o senador Cristovão Buarque sobre o tema, e achei muito proveitoso,gostaria de ver mais debates sobre o assunto na TV,não apenas em época de eleições,onde todos promentem tudo e nunca cumprem, e sim durante todo o ano ,quem sabe assim podemos enfim melhorar nossa educação, que se tratando de ensinamento publico e está longe so ideal.
Abraços
Olá Adriano, esse assunto é sério mesmo e nós pais devemos está ligados, interagindo e acompanhando junto com professores, coordenadores todo o rendimento e comportamento de nossos filhos na escola para não sermos surpreendidos, inclusive de como a escola garante a segurança de nossos filhos enquanto eles estão lá. Acredito que de TOTAL responsabibilidade da Escola. Bjos
ResponderExcluirOlá. É uma questão muito importante, essa da segurança dos filhos nas escolas. Por enquanto em relação ao meu filho ainda estou descansada, mas quando ele tiver de mudar de escola vai ser mais complicado. As escolas deveriam de ter mais funcionários e melhor preparados para estas questões. Como podemos nós pais estarmos no nosso trabalho tranquilos se estamos preocupados com a segurança dos filhos?
ResponderExcluirEsta questão deve ser idêntica nos dois países, apesar de aí no Brasil haver mais insegurança do que por Portugal, não é?
Sei que a situação é diferente , mas para muito pior. Quando um dos meus filhos tinha 4,5 anos matriculámo-lo num colégio de freiras, a 2 km de casa, no outro lado da cidade, no pré-escolar. Deixámo-lo lá no 1º dia às 9 h.. Eram cerca de 11 h e ele, sozinho, naturalmente e como se tudo fosse normal, bateu à porta de nossa casa.
ResponderExcluirPerguntamos o que aconteceu e ele, muito naturalmente disse que, nada de especial. A campaínha tocou (ás 10h p/fim de um dos períodos), ele julgando que a escola "era aquilo", pegou na pasta e veio embora (portão aberto), julgando que já tinha acabado !
Andou 2 Km, atravessou 2 passagens de nível (de combóio) mudou numa infinidade de ruas até chegar a casa, como se fosse a coisa mais natural do mundo !
Não registamos no Guiness este record : "O aluno que menos tempo frequentiou uma escola - 1 hora" !!!
É evidente que a "madre" teve que "ouvir das boas".
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Trabalho em escola pública e todos sabem da dificuldade de lidar numa escola assim. Mesmo com tanta adversidade, sempre buscamos ter o maior controle possível sobre a saída dos alunos. Muitas vezes o diretor os conduzem até em casa, quando alegam estar doentes, pra evitar que saiam sozinhos.
ResponderExcluirMuito boa abordagem, Adriano.
Obrigada por ter ido ler sobre meu pai.
Beijos.
Milene, são muito numerosas as escolas de nosso imenso país, e na verdade estão sujeitas ao bom senso e cuidado de cada diretor. Gostei do que contou sobre seu pai!! Por isso deixou saudades...
ResponderExcluirRui da Bica, fiquei chocado com o que nos contou!! Espero que tudo isso não tenha ocorrido em uma das cidades grandes de Portugal... A irmã que dirige essa escola deveria ser afastada de suas funções.
Caetana, no Brasil há sim muita gente mal intencionada, pelo tamanho do país. E o que mais me preocupa são os crimes de prostituição infantil, onde homens buscam seduzir meninas novas para levá-las para a Europa e até para a Guiana Francesa ao norte do Brasil. São criminosos sem escrúpulo, e as escolas são os lugares mais favoráveis para recolher crianças ingênuas...
Denilton, Cristóvão Buarque não tem a MENOR chance de se eleger e presidir nosso amado país, infelizmente... principalmente agora que o governo Lula cevou a classe dominante para tê-los sempre nas mãos. Quem vai votar num candidato que promove o crescimento a longo prazo através da educação? Só eu, você e mais alguns...
Rê, Fátima... o que nos resta é isso mesmo, prestar muita atenção nas escolas de nossos filhos para o bom ensino e segurança fora de casa.
Abraços aos amigos!