terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os desatualizados cursos de atualização profissional do mercado

Você tem feito cursos de reciclagem profissional? No fórum de discussões do grupo Falando de Varejo (LinkedIn), um dos participantes lançou o seguinte tema: "Para todos que trabalham no varejo, a atualização e conhecimento de técnicas é imprescindível como qualquer outra profissão, fale sua opinião sobre o assunto."

Esse tema despertou-me para lembrar de uma palestra que assisti recentemente com um palestrante cujo currículo fez-me sentir um semi-analfabeto. Mas daquela panela saiu um angu com bem pouco tempero...

Na minha opinião, que expus no fórum, "Como em toda profissão a atualização é o pulo do gato para quem deseja manter-se competitivo. Mas o que muitos não se atentam é para qual direção devem atualizar seus conhecimentos.

Na área de varejo minha opinião é que busque-se conhecer mais a respeito da sociedade, comportamento, tendências, influências e nuances de cada geração para que a satisfação dos novos anseios de consumo e de compra sejam atendidas.

Muitos treinamentos permanecem na esfera da técnica de vendas, batendo nos chavões do tipo "encantar o cliente", ou "fazer a diferença", o que acredito ser muito superficial diante da nova realidade, novos hábitos, características do consumidor e mercado concorrencial. Precisamos transcender essas velhas teorias generalistas e ir mais direto ao ponto, mostrando que encantar já não é diferencial, é obrigação no mercado competitivo.

Veja bem o crescimento da venda e transações bancárias via internet . Sabe o que isso significa? É uma pista de que o contato humano na venda e em outras transações pode estar sendo substituído pela velocidade, praticidade e segurança na solução das necessidades. São mudanças que devem ser consideradas para que o atendimento corpo a corpo não fique obsoleto no ponto de venda e passe a tratar o consumidor com aquilo que realmente importa a ele."

Em outras palavras, é necessário que os treinamentos na área de varejo ou competitividade saiam do trivial e exponham ferramentas práticas de trabalho baseadas no comportamento humano. Mas infelizmente, o que vemos com muita frequência são treinamentos vagos, com algumas dinâmicas, mas desatualizados sobre a nova realidade ministrados por pessoas positivas e bons oradores, apenas isso.

E assim caminha a animosidade corporativa...

PS: Quero agradecer aos amigos Caio Camargo e Mariana Torido pelo enriquecimento do comentário com suas considerações no fórum, e ao Luciano Teberga Cardoso, autor do fórum.

6 comentários:

  1. Olá,Adriano!

    O coorporativismo é globalizado.

    Ao ler a chamada do post no twitter,vim àvida,pois estou buscando cursos de capacitação profissional,no senai aqui de Bh,mas não tenho ficado satisfeita.

    Abs,Querido!

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  2. Adriano,

    Adorei o título do texto, já diz tudo!!!

    Abraços,

    Mariana Torido

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  3. Oi Adriano. Desculpe-me, mas ainda nem li este post que deve estar muito bom. Estou totalmente enrolada em coisinhas pessoais. Vou botar tudo em dia durante o carnaval e vou comentá-lo, é claro.
    abraços
    Eliane

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  4. Oi Adriano. Eu me aposentei este mês. Atualizei meu perfil no LinkedIn e quase não tenho participado mais dos fóruns, que eu sempre gostei muito. De uns tempos pra cá, desculpe-me a falta de modéstia, eu não estava mais aguentando o tipo de pessoas que estavam frequentando o LinkedIn. O site estava totalmente nivelado por baixo. Aí entrei num fórum super legal em francês, "Observatoire de Tendences". Minha ficha caiu já na 1ª passada de olhos pelos tópicos. Só pelos títulos dos tópicos dava pra sentir o conteúdo. E quando eu entrava na discussão, era outra vida, outro mundo, literalmente Adriano. Pessoas, todas francófonas, que não me hostilizaram por ser brasileira, ao contrário, sempre agradeceram a contribuição da minha visão tropical no assunto (claro que se eu não falasse francês, já seria brincadeira da minha parte), e todos saíam ganhando. Os debates só enriquecem a todos; até pq você se vê debatendo com um carinha que tem mestrado na Sorbonne e se formou lá. E há todo o tipo de pessoas nos fóruns, de sociólogos, passando por administradores, fotógrafos, historiadores, economistas, advogados até um "eticista". É isso mesmo, um cara que se formou em ética.
    Aí, quando eu volto pro mundo tupiniquim, vejo lá um "gerente" que lança pra comentários a seguinte pérola: "Só hipócritas gostam de hipócritas - Tigrão In 1 Shoot". Como diria minha filha, "chupa essa manga"!

    Não dá mais, Adriano, isso agora é pra você que está jovem. Eu não estou mais na idade de aguentar isso. Quero ler meus livros, viajar muito, talvez fazer um MBA (se eu tiver $ pra isso) em meio ambiente na COPPEAD. Quero viver de verdade. Descobri que existe vida inteligente fora dos muros das grandes empresas. Hoje eu tenho mais conhecimentos e cultura do que quando eu estava trabalhando 12h por dia, todos os dias.
    Cansei de denunciar o assunto do seu post, tanto no LinkedIn, quanto no meu blog. Continuarei a fazê-lo apenas no blog.

    Abração,
    Eliane

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  5. E faz muito bem, Eliane! Eu tenho tido pouco tempo para participar de fóruns, só os faço porque geralmente me inspiram para apresentar alguns tópicos que considero bacanas para o meu blog, mesmo me inquietando com a maioria dos comentários, que você conhece bem. Aliás, mal tenho consguido abastecer de posts o meu blog, essa última quinzena foi muito puxada aqui no trabalho.

    Sorte a sua que conseguiu desenvolver um francês fluente para visitar outras comunidades mais avançadas... eu perdi esse bonde, e aqui aos 37 já não vejo grandes chances de conciliar o tempo para aprimorar pelo menos o inglês mediano que carrego comigo...

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  6. Meu anjo, qq dia eu conto no blog que eu fui a pioneira das workaholics nos anos 70. Comecei a Aliança Francesa aos 13 anos e terminei aos 18. Meus dias aos 13 anos eram iguais ao dos tempos da Telemar/Oi, 12h por dia em média. Só não me pergunto mais se valeu a pena. Acho que sim. :)

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